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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Cartola de Brie

Sobremesa facílima, rápida e deliciosa! 
Veja aqui uma versão com queijo Brie.

Ingredientes:

3 bananas nanicas
Requeijão
Queijo Brie
Canela
Sorvete de creme 

Modo de Preparo:
Primeiro corte as bananas em lâminas e reserve.
Em uma frigideira, derreta a manteiga e adicione as bananas. Frite-as até que estejam douradas e macias.
Quando as bananas estiverem prontas monte a sobremesa em camadas: primeiro as bananas, por cima coloque o queijo brie, depois o requeijão e por fim as bananas para fechar as camadas. Jogue canela a gosto para finalizar o prato e sirva com uma bola de sorvete de creme.

Dica: Você também tem a opção de grelhar as bananas caso não queira fritá-las.

Receita da Chef Fê Guelli.

A origem da famosa Cartola
Ela nasceu nas casas-grandes dos engenhos. Em cozinhas simples, longe dos quartos e das salas, debaixo de puxados construídos fora das casas. Era mesmo o melhor lugar para cozinhar, nesse clima tropical - e disso já bem sabiam nossos índios. Sem que se possa precisar onde e quando foi, pela primeira vez, produzida a Cartola - essa que é uma das mais tradicionais (e saborosas) sobremesas pernambucanas. 
O nome se deve, provavelmente, à cor escura da canela e ao formato alto do queijo sobre a banana - que remotamente lembra mesmo aquela cartola, usada na época. A receita, como tantas outras, nasceu da mistura de ingredientes, técnicas, experiências e hábitos culturais do colonizador português, do índio e do escravo africano.
Principal ingrediente é a banana. Uma fruta que se espalhou, pelo mundo, por mãos árabes. Deles nos veio também a própria origem do nome - "banan" (dedos). Uma palavra que muda pouco, nas muitas línguas em que é pronunciada. Em português, inglês e italiano, é banana mesmo; em francês e em alemão, banane; em espanhol, plátano, mas também banana. Verdade que já havia, por aqui, uma espécie nativa brasileira, pelos índios denominada "pacova"(pa'koua), a que os brancos chamaram "banana-da-terra" - depois, no Nordeste, mais conhecida como "banana-comprida". Mas, para a cartola, só mesmo a banana prata, fruta que o português trouxe das Ilhas Canárias.
Outro ingrediente importante é o queijo do sertão, também chamado "de manteiga". Tem origem no Nordeste do Brasil. A partir da "manteiga de garrafa", um ingrediente presente em vários pratos nordestinos. Inclusive carne de sol. Na África, é conhecida como "ghee"ou "butteroleo". Sendo já muito apreciada pelos escravos que aqui chegaram. A preparação do queijo é simples. Depois que o leite ferve e talha, é posto em peneira para escorrer o soro. Volta ao fogo, juntam-se leite, sal e manteiga de garrafa, e é posto ainda quente em formas de madeira.
Para finalizar, polvilha-se tudo com açúcar e canela. A técnica, vem de longe, pela primeira vez referida no "Libro de arte coquinário"(1460), de Martino de Rossi - mais conhecido como Mestre Martinho, um cozinheiro afamado que serviu ao Duque de Milão e ao Vaticano. Com os portugueses, aprendemos a técnica dessa mistura de especiarias. E foi das boas coisas que nos deixaram, ora pois.
Texto de Letícia Cavalcanti.

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