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segunda-feira, 14 de março de 2011

Petit Gâteau de Tapioca

Ingredientes:
2 colheres de sopa de manteiga
1/2 xícara de açúcar
1 ovo
1 xícara de tapioca
1/3 xícara de farinha de trigo
1 xícara de leite de coco
1 colher de chá de fermento em pó
1/2 lata de leite condensado

Modo de Preparo:
Na batedeira,bater a manteiga e o açúcar até formar um creme esbranquiçado, adicionar o ovo e continuar batendo. Adicionar a tapioca, a farinha de trigo e o leite de coco até formar um creme homogêneo. Por fim, juntar o fermento em pó e o leite condensado. Pré- aquecer o forno à temperatura de 200 graus, por 20 minutos. Untar forminhas próprias para petit gâteau e adicionar a massa. Levar ao forno por 5 a 7 minutos, ou até as bordas ficarem assadas e o meio ficar mole.
Sirva com sorvete de sua preferência.

Dica: a Tapioca Yoki pode ser usada nesta receita. É facilmente encontrada nos supermercados de todo o país.

Mas o que é Tapioca?

A tapioca é o nome de uma iguaria tipicamente brasileira, de origem indígena tupi-guarani, feita com a fécula extraída da mandioca, também conhecida como goma da tapioca, polvilho, goma seca, polvilho doce, fécula de mandioca. Esta, ao ser espalhada numa chapa ou frigideira aquecida, coagula-se e vira um tipo de panqueca ou crepe seco, em forma de meia-lua (ou disco, como em algumas regiões). O recheio varia, mas o mais tradicional é feito com coco e queijo. O nome tapioca é derivado da palavra tipi'óka «coágulo», o nome para este amido em Tupi. Esta palavra tupi se refere ao processo pelo qual o amido é feito comestível e passou a se referir a processos de preparo similares.
No Brasil e no mundo, vários produtos derivados da mandioca, são também chamados de tapioca.
Os povos tupis-guaranis, que ocupavam a faixa litorânea leste do território brasileiro desde o sul até o norte, foram os responsáveis pelo domínio comestível da mandioca. A mandioca, produzida sob o sistema da agricultura de subsistência, era a base da alimentação do Brasil até a chegada de Pedro Álvares Cabral. A tapioca nasceu através da necessidade de diminuir o tamanho do beiju e poder passar a ser cozida no fogo.
Pouco após os primeiros anos do descobrimento, os colonizadores portugueses na Capitania Hereditária de Pernambuco descobriram que a tapioca servia como bom substituto para o pão. Na cidade de Olinda se consumia intensamente o beiju, a farinha e a tapioca, extraídos da mandioca, desde o século XVI com a criação portuguesa da Casa de Farinha em Itamaracá (Pernambuco).
A tapioca logo se espalhou pelos demais povos indígenas, como os cariris no Ceará e os Jês, na Amazônia oriental. Ainda, se transformou posteriormente na base da alimentação dos escravos no Brasil. Tudo isso serviu para transformar a tapioca, hoje, num dos mais tradicionais símbolos da culinária por quase todo o nordeste.

O Conselho de Preservação do Sítio Histórico de Olinda (Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, pela UNESCO) concedeu à Tapioca o título de Patrimônio Imaterial e Cultural da Cidade em 2006.

A NEGRA DA TAPIOCA

Tapioca quentinha, Sinhô,
feita na vista de Sinhá,
foram estas mãos, acredite Sinhô,
quem ralou o coco pra Sinhá.
Me compre, me compre Sinhô,
tapioca quentinha pra cear,
está quentinha, cheirosa, Sinhô,
feitinha mesmo pra Sinhá.
Tapioca quentinha, Sinhô, etc. etc.
A noite desceu depressa, Sinhô,
e estou com muito medo, Sinhá.
Volto sozinha para casa, Sinhô,
e ninguém tenho pra me acompanhar.
Tapioca quentinha, Sinhô,
tão cheirosa como o corpo branco de Sinhá;
me compre, por Deus, me compre Sinhô,
me leve, me leve pra Sinhá.
Tapioca quentinha, Sinhô, etc. etc.
Autor: Deolindo Tavares, nasceu no Recife em 1918 e faleceu no Rio de Janeiro em 1942. Esse é um dos poemas dos “Pregões do Recife”.

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