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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Patê Facílimo

Ingredientes:

2 pacotes de creme de cebola , de ervas , de queijo, de champignon ou o sabor que você preferir 
2 caixinhas de creme de leite 
2 colheres das de sopa de maionese
sal e pimenta-do-reino a gosto.

Modo de Preparo:
Em um refratário, misture a maionese junto com o creme de leite,
o sal e a pimenta e aos poucos vá adicionando o pó do creme que voce escolheu. 
Misture todos ingredientes com um garfo ou fouet. Após a mistura
completa, o patê estará pronto. 
Dicas: antes de servir, deixe na geladeira por cinco minutos.
Sirva com torradas , bolachas , biscoitos, pães diversos, em canapés, com cenoura e pepino em tiras, etc.
Fica muito gostoso acrescentar salsinha e cebolinha ou dill.

Harmonização: dada a leveza deste creme, sirva com espumante geladinho!

A origem do patê


A origem é pra lá de antiga, pois os faraós já se deliciavam com fígados esmagados de patos que migravam no inverno para as margens do Nilo. Séculos depois a idéia foi levada para o sudoeste da França, de onde, diz-se, até hoje provêm os melhores pâtés de foie gras do mundo. Mas antes desta pasta formada pelo fígado gordo dos gansos, substitutos dos patos egípcios, o que existia na França era a terrine. Da terrine de foie gras deriva o pâté. Como assim? Explico com base no que li no Larrousse Gastronomique. Seguinte: em 1780, quando a agitação no reino já deveria ter feito Maria Antonieta e Luís XVI entenderem que a festa em Versailles estava chegando ao fim, o Marquês de Contades, outro alienado, deu uma grande festa em seu castelo na Alsace. Para o banquete, ordenou que seu cozinheiro, Jean Pierre Clause, criasse um prato especial para seus hóspedes importantes. Jean Pierre, que contava com uma grande criação de gansos na propriedade, pensou em usar o fígado das aves de um jeito novo. Até então ele era apenas frito na manteiga ou então temperado com sal e vinho Sauternes e disposto em camadas numa vasilha estreita e comprida, chamada terrine, que era levada ao forno até que o fígado assasse. Desenformado e frio, era cortado em fatias. Clause imaginou uma massa de pão onde pudesse acomodar os fígados temperados, levando-os a assar até que estivessem cozidos e a massa dourada. Chamou ao prato Foie en croûte, ou seja, Fígado na crosta. Mas ele se tornou conhecido como Pâté de Contades. Fez muito sucesso. Nove anos depois a Revolução Francesa rebaixou os nobres e levou seus cozinheiros a buscarem ocupação em outros lugares. É quando esses profissionais da cozinha se organizam e abrem as casas que décadas depois se transformariam em restaurantes de fama.
Clause encontrou nesta época um colega também já bastante conhecido por suas habilidades culinárias: Nicolas François Doyen, ex-cozinheiro de um magistrado do parlamento de Bordeaux, cuja cabeça rolara sob a lâmina da guilhotina. Desempregados, ambos se associaram e passaram a cozinhar num hotel da região de Saint Germain. À criação de Clause, Doyen acrescentou as trufas negras da região do Perigord. Viveram de fazer Foie em croûte, de que derivou o Pâté em croûte.
Tradicionalmente, a palavra patê é utilizada como referência às elegantes e bem temperadas preparações utilizando carnes e, geralmente, transformadas em pastas e cozidas em banho-maria, assim como o patê de fígado de ganso ou de galinha ou, ainda, receitas utilizando vitela. Um patê pode ser aveludado, para ser espalhado sobre fatias de pão ou torradas, ou pode ter uma textura um pouco mais consistente permitindo que sejam cortadas fatias que são servidas normalmente como sofisticadas entradas, também chamado patê de campanhe. Normalmente, são acrescentadas às misturas de carne, algumas ervas e especiarias e, também, boas quantidades de gorduras representadas por manteiga ou toucinho. Os patês clássicos podem ser assados envoltos em massa, chamados patê em croûte, ou então em formas do tipo bolo inglês, chamados de patê en terrine. Atualmente, a palavra patê é utilizada de forma bem abrangente. Com o tempo o patê foi se democratizando e ganhando outros ingredientes. A antiga base foi sendo aos poucos substituída por fígado de galinha. Logo vieram o presunto, a ricota, os queijos moles, as maioneses e uma série de ingredientes temperados com especiarias e reunidos com alguma gordura- manteiga, azeite, toucinho, creme de leite, requeijão… O essencial, desde tempos bem antigos, é que os ingredientes estejam sempre muito frescos e harmonizem-se. E que, tão logo a pasta esteja pronta, seja refrigerada para firmar a sua textura.

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