As irresistíveis bebidas borbulhantes:
Champagne - só pode ser considerado um champagne legítimo aquele produzido na região homônima, na França.
Espumante - qualquer vinho que possua espuma. Pode ser elaborado pelo método champenoise ou pelo charmat. Produzido fora da região de champagne.
Prosecco - também é elaborado numa região específica, no Vêneto/ Itália. Feito a partir do método charmat, com a uva típica da região, a prosecco.
Moscato e asti - criados na região do Piemonte, na Itália. Elaborados com a uva muscat branca. A fermentação acontece em uma única etapa, dentro de uma cuba fechada, que é interrompida um pouco antes do que o considerado normal. São espumantes mais doces, mais aromáticos e menos alcoólicos.
Frisante e espumante - a diferença entre os dois deve-se a quantidade de bolhas na garrafa. O frisante tem menos gás carbônico que o espumante.
Métodos:
Champenoise - o mais tradicional e artesanal. Consiste no seguinte processo: a primeira fermentação é feita em tanques de inox - como em todos os outros métodos e a segunda fermentação acontece dentro da garrafa. Dá mais trabalho e por isso os espumantes elaborados desta maneira costumam ser um pouco mais caros. E melhores. Na região da Champagne, o espumante é elaborado através deste método, sendo que somente dois tipos de uvas podem ser usadas no processo: pinot noir, pinot meunier (tintas) e chardonnay (branca).
Charmat - é outro método de fabricação, passa por duas fermentações, ambas em tanques de aço inoxidável de alta pressão.
Cava - pela lei espanhola, é o espumante local produzido em regiões específicas pelo método tradicional, o champenoise.
Outras bebidas:
Whiskies e cervejas - para acompanhar aperitivos ou petiscos como queijos, azeitonas, torradas com patês, canapés e etc.
Vinhos rosés - vinho festivo, leve, refrescante e típico do verão.
Espumantes e champagnes - combinam com ostras frescas, queijos leves e macios, peixes carpaccios, frutas frescas, saladas. Acompanha praticamente tudo, da entrada a sobremesa.
Vinhos tintos jovens e frescos- são ideais para acompanhar pratos leves e queijos suaves e de massa meio seca.
Vinhos tintos maduros e estruturados - combinam com pratos mais fortes, harmonizando muito bem com frutas secas como damascos, tâmaras, castanha portuguesa, carnes vermelhas, caças e molhos encorpados.
Vinhos brancos - harmonizam com peixes, carne de porco e queijos leves, moluscos, frutas, embutidos leves ou como simples drinque refrescante.
O Panetone:
O panetone foi servido pela primeira vez à mesa do duque Ludovico, o Mouro, no castelo da família Sforza, em Milão, no Natal de 1495. O duque apreciou muito o novo pão doce criado pelo cozinheiro Antonio Toni e mandou que a receita fosse distribuída entre todos os confeiteiros da cidade. O pão de Toni ficou conhecido como panetone.
O Peru de Natal e um pouco de história...
O hábito de comer peru no Natal surgiu em Plymouth, Massachusetts, nos EUA, em 1621. Nesse ano, no Dia de Ação de Graças, serviu-se peru selvagem, criado pelos índios mexicanos, como prato principal. Os espanhóis os levaram para a Europa por volta do século 16. Nessa época eram servidos gansos, cisnes e pavões, aves nobres. O peru, além de ser mais barato, ganha peso mais facilmente.
Para Brillat Savarin, o peru foi um dos mais belos presentes que o Novo Mundo ofereceu ao velho Continente.
A introdução e fixação do peru como prato principal na Europa e nas Américas, incluindo o Brasil, na comemoração do nascimento de Cristo, transformou o ritual do jantar de Natal em ceia. A abundância, e mesmo a extravagância, caracterizam a essência do momento da ceia de Natal, pois este ritual passou a ser entendido como expressão simbólica do sucesso frente aos ditames da vida cotidiana ao longo do ano. No Brasil, dependendo das disposições financeiras das famílias esta ceia, além do peru assado, pode comportar diversos outros pratos como salpicão, outras saladas, ostras, arroz à grega, pernil de porco, frutas, castanhas, nozes, bolos. No sentido da ceia como festa, o prato principal deve ser o assado pois, segundo Levi-Strauss, de acordo com as nossas convenções sempre que o menu inclui um prato de carne assada ser-lhe-á conferido um lugar de honra no centro da refeição. Portanto, num momento de demonstração de abundância, e mesmo de desperdício, o assado recebe um status superior em relação ao cozido. Na obra "O Triangulo Culinário", Strauss revela que do contraste entre os estados assado e cozido emergem características universais: no cozimento se conserva a carne e seus sucos, ao passo que o assado constitui um processo de destruição e perda. Assim um denota economia; o outro prodigalidade; o assado é aristocrático, o cozido é plebeu! Desta forma, os estados dos alimentos são apropriados para usos e abusos como símbolo de diferenciação social.
Influenciada pela cozinha americana, a nossa ceia de Natal começou a desprezar a farofa, sendo que o peru e o pernil aparecem guarnecidos com frutas frescas, compotas, doces de figos, pêssegos e abacaxis.
As histórias da comida revelam os tempos da memória gustativa, onde a gastronomia deixa a cozinha e invade a academia, com dissertações de mestrado e teses de doutorado abordando cada vez mais o tema. Falar de comida deixou de ser um apanágio exclusivo das donas de casa ou de chefs de restaurantes. As receitas culinárias, os livros de receitas e os relatos empíricos constituem importantes fontes históricas, em projetos de pesquisa multi e interdisciplinares. Carlos Roberto Antunes dos Santos é professor Titular de História do Brasil, área de História da Alimentação.
A Rabanada:
depois de molhada em leite, vinho
(no Minho usa-se Vinho Verde tinto ou
branco) ou calda de açúcar, é passada por ovos e frita.
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