Segue a receitinha, com minhas adaptações, para vocês que quiserem fazer.
Ingredientes:
1 litro de feijoada batida no liquidificador(com as carnes e tudo, menos os ossos)
1 ovo inteiro
300 g da farinha de mandioca
1 colher(sopa) de polvilho azedo
3 dentes de alho bem picadinhos
250 g bacon em cubinhos pequenos
Farinha para empanar(gosto de usar a farinha de arroz ou de milho)
Óleo/Aeite para fritar
Modo de Preparo:
Em um liquidificador, bater o feijão cozido com o caldo e as carnes.Em uma panela grande com um pouquinho de azeite, dourar o alho e o bacon. Acrescentar o feijão batido e aquecer. Verificar o sal e a pimenta.
Acrescentar aos poucos a farinha de mandioca sem parar de mexer até engrossar e soltar do fundo da panela. No meio desse processo, adicione também o ovo. Adicione o polvilho. Mexa até ficar homogêneo.
Fazer bolinhos e passar na farinha para empanar. Em seguida, fritar em óleo quente até dourarem por completo.
Em uma travessa colocar os bolinhos acompanhados de gomos de laranja, servir.
Dicas da Janita: esse bolinho também fica maravilhoso se recheado. Já fiz com couve mineira refogada, com carne seca desfiada e com pedaços de linguiça. A escolha é sua. ;)
O bacana dessa receita é que você pode aproveitar a sobra da feijoada para os bolinhos e outras coisinhas que tiver na geladeira para inventar o recheio. ;)
Harmonização: não tem jeito, o que vai bem aqui é uma caipirinha bem brasileira mesmo! ;
Origem do Tutu
O tutu de feijão, ou simplesmente tutu, é uma iguaria de feijão cozido e refogado, que é novamente refogado com pedaços de bacon frito, cebola e alho, e misturado com farinha de mandioca. Decorado com ovos cozidos, linguiça, torresmo e o famoso cheiro verde.
O feijão poderá ser passado no liquidificador antes de ser refogado, e então ficará com a consistência do angu de fubá. É normalmente associado à culinária típica de Minas Gerais e cidades interioranas do Estado do Rio de Janeiro, principalmente quando é feito com feijão preto.
Mas é encontrado no estado de São Paulo, onde também é conhecido como Virado Paulista e é feito com feijão mulatinho ou também com o feijão carioca.
A origem é a mesma, a comida era preparada pelos bandeirantes, ou tropeiros, nos tempos das incursões ao interior do país e do ciclo do ouro, no caso de Minas.
O Tutu na História do Brasil...Você sabia?
O poema Catar Feijão faz parte do livro "A educação pela pedra", de João Cabral de Melo Neto, cuja primeira edição foi publicada em 1965. Nele revela sua concepção do ato criador. Tem como objeto a construção do poema, toma como referência um ato do cotidiano em que também o escolher, o combinar são necessários.
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.
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