Ingredientes:
30 g de fermento para pão
2 xícaras de leite
1 pitada de sal
2 colheres(sopa) de mel
2 colheres(sopa) de manteiga(sem sal)
3 ovos
2 xícaras(chá) de fubá
2 xícaras(chá) de farinha de trigo
1 colher(sopa) de erva-doce
1/2 xícara(chá) de açúcar
Modo de Preparo:
No liquidificador, coloque o leite, o fermento, o sal, o mel, os ovos e a manteiga. bata por 3 minutos e despeje numa tigela.
Junte o fubá e vá colocando a farinha de trigo até que não grude mais nas mãos.
Junte a erva-doce, sove bem para incorporá-la à massa.
Deixe crescer por 30 minutos.
Faça as broas e coloque-as em forma untada epolvilhada de trigo. Depois polvilhe-as com farinha de trigo.
Deixe-as crescer novamente.
Leve-as para assar, em forno pré-aquecido, de 20 a 30minutos ou até dourarem.
Fica uma delícia!!!
O que é Broa?
Broa é um tipo de pão de milho feito tradicionalmente em Portugal, na Galiza e no Brasil. É feita com uma mistura de farinhas de milho e trigo, ou milho e centeio (como a broa de Avintes), e levedura.
Em Portugal, diz-se que "boroa ou broa é palavra nortenha antiga, formada provalmente a partir de "boruna", pertencente a idioma pré-romano da Hispânia.Em Castelhano é “borona” e em galego “borroa”.
Já nas inquirições de 1220, os detentores de um casal da região de Guimarães tinham por obrigação “facere boronas”; em 1258 fala-se de “borona de milho”.
Na Idade Média o pão confeccionado com milho chamava-se “boco”, e era um pão caseiro dos pobres que o consumiam no dia-a-dia, bem diferente do pão de rua, pão alvo de trigo usado pela gente mais abastada.
A Broa de Avintes é um dos tipos de pão com maior tradição em Portugal e que é bastante consumido no Norte de Portugal. É um pão castanho-escuro e muito denso, com um sabor distinto e intenso, agridoce, feito com farinha de milho e de centeio e mel.
É claramente uma das iguarias mais apreciadas da gastronomia portuguesa e, provavelmente, o tipo de pão português mais afamado.
Momentinho cult:
Oração do Milho
(Cora Coralina)
"Sou a planta humilde dos quintais pequenos e das lavouras pobres.
Meu gão, perdido por acaso, nasce e cresce na terra descuidada. Ponho folhas e haste e se me ajudares Senhor, mesmo planta de acaso, solitária, dou espigas e devolvo em muitos grãos, o grão perdido inicial, salvo por milagre, que a terra fecundou.
Sou a planta primária da lavoura.
Não me pertence a hierarquia tradicional do trigo. E de mim, não se faz o pão alvo, universal.
O Justo não me consagrou Pão da Vida, nem lugar me foi dado nos altares.
Sou apénas o alimento forte e substancial dos que trabalham a terra, onde não vinga o trigo nobre.
Sou de origem obscura e de ascendência pobre. Alimento de rústicos e animais do jugo.
Fui o angú pesado e constante do escravo na exaustão do eito.
Sou a broa grosseira e modesta do pequeno sitiante. Sou a farinha econômica do proletário.
Sou a polenta do imigrante e a miga dos que começam a vida em terra estranha.
Sou apénas a fartura generosa e despreocupada dos paiois.
Sou o cocho abastecido donde rumina o gado
Sou o canto festivo dos galos na glória do dia que amanhece.
Sou o carcarejo alegre das poedeiras à volta dos seus ninhos.
Sou a pobreza vegetal, agradecida a Vós, Senhor, que me fizeste necessária e humilde
SOU O MILHO".
Cora Coralina
Cora Coralina nasceu em 20 de agosto de 1889, na casa que pertencia à sua família há cerca de um século, e que se tornaria o museu que hoje reconta sua história. Filha do Desembargador Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto e Jacita Luiza do Couto Brandão, Cora, ou Ana Lins dos Guimarães Peixoto (seu nome de batismo), cursou apenas as primeiras letras com mestra Silvina e já aos 14 anos escreveu seus primeiros contos e poemas. "Tragédia na Roça" foi seu primeiro conto publicado.
Em 1910 casou-se com o advogado Cantídio Tolentino Bretas e foi morar em Jabuticabal, interior de São Paulo, onde nasceram e foram criados seus seis filhos. Só voltou a viver em Goiás em 1956, mais de vinte anos depois de ficar viúva e já produzindo sua obra definitiva. O reencontro de Cora com a cidade e as histórias de sua formação alavancou seu espírito criativo.
Cora Coralina faleceu em Goiânia, a 10 de abril de 1985. Logo após sua morte, seus amigos e parentes uniram-se para criar a Casa de Coralina, que mantém um museu com objetos da escritora.
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