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sábado, 11 de junho de 2011

Bolo de fubá com coco

Receitinha ótima para festa Junina e para o ano todo!!!

Ingredientes:
2 xícaras de farinha de polenta
2 xícaras de leite
2 xícaras de açúcar
3/4 xícara de óleo de milho
1 xícara de coco ralado
4 ovos
1 colher(sopa) de fermento


Modo de preparo:
Em uma panela, misture a farinha de polenta, o leite, o açúcar e o óleo. Leve ao fogo médio por 3 a 4 minutos.
Desligue o fogo e deixe esfriar. 
Bata as claras em e agregue o fermento. 
Junte ao creme que esfriou, as gemas, o coco ralado e as claras batidas em neve com o fermento.
Despeje a mistura em forma untada e enfarinhada. 
Leve ao forno médio pré-aquecido e asse por aproximadamente 40 min.


Rendimento: 20 pedaços.


Momentinho Junino - Cult:


Já ouviu falar em literatura de cordel?



Literatura de Cordel é, como qualquer outra forma artística, uma manifestação cultural. Por meio da escrita são transmitidas as cantigas, os poemas e as histórias do povo — pelo próprio povo.O nome de Cordel teve origem em Portugal, onde os livretos, antigamente, eram expostos em barbantes, como roupas no varal.
Literatura de Cordel - Os livros são pendurados em barbantes
As primeiras manifestações da literatura popular no ocidente ocorreram por volta do século XII. Peregrinos encontravam-se no sul da França, em direção à Palestina; no norte da Itália, para chegar à Roma; e ainda na Galícia, no santuário de Santiago.Nesses encontros eram transmitidas as histórias e compostos os primeiros versos, de forma muito primitiva. Foi dessa forma que surgiram os primeiros núcleos de cultura regional que espalharam-se pela Europa e, posteriormente, pela América.
Devido ao atraso da chegada da imprensa por aqui e seu acesso pelo público, as produções literárias de populares tiveram seu apogeu apenas no século XX.Nossa literatura de cordel é caracterizada, principalmente, pela poesia popular. A prosa aparece muito mais na forma oral, que passa de geração para geração.Como é uma manifestação muito mais cultural do que intelectual, destaca-se em regiões onde a cultura é mais valorizada e delineada. Aqui no Brasil essas regiões são a Nordeste e a Sul.
A cada dia os textos são mais valorizados por todo o Brasil e pelo mundo. Os textos são publicados em livretos fabricados praticamente de forma manual pelo próprio autor. Eles têm geralmente 8 páginas mas podem ter mais, variando entre 8 e 32. As páginas medem 11x16cm e são comercializadas pelos próprios autores. Há alguns livros publicados, mas no geral a venda acontece dessa maneira. Leandro Gomes de Barros e João Martins de Atahyde são dois dentre os primeiros poetas; e estes já possuem livretos publicados por editoras, sendo vendidos e reeditados constantemente. Não há como contar a quantidade de exemplares, pois a cada tiragem milhares de exemplares são vendidos.
Uma das características desse tipo de produção é a manifestação da opinião do autor a respeito de algo dentro da sua sociedade. Os cordéis não tem a característica de serem impessoais ou imparciais, pelo contrário, na maioria das vezes usam várias técnicas de persuasão e convencimento para que o leitor acate a idéia proposta.
Veja:
Ai! Se sêsse!…
Autor: Zé da Luz 

Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dois se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse?…
Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!!

FIM


Um dos poetas da literatura de cordel que fez mais sucesso até hoje foi Leandro Gomes de Barros (1865-1918). Acredita-se que ele tenha escrito mais de mil folhetos. Mais recentes, podemos citar os poetas José Alves Sobrinho, Homero do Rego Barros, Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva), Téo Azevedo. Zé Melancia, Zé Vicente, José Pacheco da Rosa, Gonçalo Ferreira da Silva, Chico Traíra, João de Cristo Rei e Ignácio da Catingueira.

Vários escritores nordestinos foram influenciados pela literatura de cordel. Dentre eles podemos citar: João Cabral de Melo, Ariano Suassuna, José Lins do rego e Guimarães Rosa.



Já que a receita é de festa Junina e que Festa Junina tem tudo a ver com literatura de cordel, segue um cordel especil pra vocês:





SÃO JOÃO DOS MEUS SONHOS
Literatura de Cordel
Por: Cacá Lopes
O São João dos meus sonhos
Tem que ter a tradição,
Das cantigas de Luiz
Gonzaga, Rei do Baião,
O do Trio Nordestino
Que era pura animação.
Músicas de Alceu Valença
E de Jackson do Pandeiro,
Elba, Jorge de Altinho
E de Alcymar Monteiro,
Flávios:Leandro e José
Dominguinhos, forrozeiro.
Não pode faltar a cultura
Dos Trios de Pé de Serra,
Uma fogueira em cada casa
Tradições da nossa Terra,
Muita fartura da roça
Saudade no peito emperra.
Milho verde e pamonha,
Canjica, batata assada,
Bolo e pé de muleque,
Nas noites “enluarada”
Bombinha, traque, chuvinha
E muita gente animada.
Pra amenizar um pouco a saudade,
Trechos de algumas músicas tradicionais
Dos Folguedos Juninos.
AI QUE SAUDADES QUE EU TENHO
DAS NOITES DE SÃO JOÃO
DAS NOITES TÃO BRASILEIRAS
DAS FOGUEIRAS / SOB O LUAR DO SERTÃO…
TEM TANTA FOGUEIRA
TEM TANTO BALÃO
TANTA BRINCADEIRA
TODO MUNDO NO TERREIRO
FAZENDO ADVINHAÇÃO…
É NOITE DE SÃO JOÃO
VAI AMANHECER O DIA
É MADRUGADA
E NÃO VEIO QUEM TANTO EU QUERIA…
FAGULHAS, PONTAS DE AGULHAS
BRILHAM ESTRELAS DE SÃO JOÃO
BABADOS, XOTES E XAXADOS
SEGURA AS PONTAS, MEU CORAÇÃO…
CORAÇÃO BOBO, CORAÇÃO BOLA
CORAÇÃO BALÃO, CORAÇÃO SÃO JOÃO
A GENTE SE ILUDE
DIZENDO JÁ NÃO HÁ MAIS/ CORAÇÃO.
Gostou? Bora organizar uma festa no arraiá então, sô!!!! ;)
FELIZ FESTA JUNINA!

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá Janita,adorei seu blog ,
suas receitas dão água na boca!
Parabéns e seja bem vinda
Cantinho Forno fogão
ótima noite amiga!
obrigada pela atenção

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