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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Chupe de Camarões

Chupe da camarões, um ensopado de camarões delicioso feito com peixes, tomate, alho, ovos, cebola, arroz, queijo fresco, leite, batata amarela, ají panca, milho e ervilhas. É o prato preferido do célebre escritor peruano Mario Vargas Llosa.

Ingredientes: 
8 camarões grandes com cabeça e rabo (preferível pitú), 
8 cubos pequenos de peixe branco (sugestão: robalo), 
1/4 de xícara de óleo, 
1 colher de chá de alho picado, 
2 cebolas roxas picadas, 
2 tomates sem pele picados, 
1 colher de chá de extrato de tomate, 
1/2 xícara de ervilhas frescas, 
8 batatinhas pequenas amarelas cozidas e cortadas pela metade, 
1/4 de xícara de arroz, 
1 xícara de leite evaporado ou leite fresco, 
1 tablete de caldo de galinha, 
4 ovos, 
pasta de aji (pimenta peruana) pode ser substituida pelo tabasco, 
sal, pimenta do reino, orégano a gosto 
coentro fresco picado para decorar. 

Modo de Preparo: Refogue o alho e a cebola com óleo. Acrescente o extrato de tomate, o tablete de caldo de galinha e 4 xícaras de água. 

Leve à fervura e coloque os camarões e os cubos de peixe, deixando-os cozinhar por uns 2 minutos. Retire os camarões e os cubos de peixe do caldo e reserve-os. 
Adicione o arroz, o tomate, o orégano, a ervilha e as batatas já cozidas ao caldo. 
Quando o arroz estiver cozido, no ponto desejado, coloque o leite e o aji. 
Junte as gemas batidas separadas das claras e depois de um minuto, junte as claras também. Não mexa demais para que as claras fiquem cozidas aos pedaços. Quando os ovos estiverem cozidos, está pronto!
Sirva da seguinte maneira: Coloque em travessinhas individuais - 2 camarões, 2 pedaços de peixe e ,por cima de tudo, a sopa. Sirva bem quente!

Dicas: Você pode também, na hora dos ovos, quebrá-los inteiros no caldo, assim ele cozinha "pochê", inteiro. Se você quiser, também pode colocar as gemas sem batê-las, inteiras, sem quebrar, assim, quando comê-las, dentro terá a gema molinha e quentinha!



O que é Chupe?


Chupe ou chuwa é um ensopado concentrado já consumido pelos incas, que faziam o prato nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro para alimentar os jovens que tinham superado as provas de iniciação e estavam prontos para entrar no mundo adulto. Hoje, continua sendo consumido tanto pelos trabalhadores do campo como pelos executivos da cidade, por todo o Peru. Leva vários ingredientes, como favas, zapallo (abóbora), trigo, aipo, alho-poró, nabo, cenoura, aveia, milho e batata, esta, sempre presente de diferentes formas, incluindo o chuño, a batata desidratada. Leva também carnes como de frango, peixes, crustáceos, carne bovina, de cordeiros ou miúdos. Algumas versões são bastante condimentadas, incluindo ají na sua preparação. Existe a tradição em Arequipa de se servir os chupes de cada dia da semana. Por exemplo, segunda é o dia de “chupe de tripas” (feito com miúdos de boi, chicharrón, rocoto e verduras). Sexta é dia de chupe de camarões, o mais famoso de todos.


As Pimentas peruanas da região de Arequipa



Terra da pimenta ají, Arequipa é conhecida como "Cidade Branca" por causa da pedra vulcânica usada para erguer prédios coloniais.
A maioria com arquitetura barroca, dos séculos XVI ao XVIII. Fato que rendeu ao município o título de Patrimônio Mundial da Humanidade, outorgado pela UNESCO.

Veja aqui as pimentas mais famosas da região:



Ají amarillo:

É a pimenta mais usada no Peru. Também é conhecida como ají fresco e ají escabeche. Possui cor é amarelo-alaranjado, formato comprido em forma de dedo, e não é muito picante, mas tem um sabor aromático um pouco frutado. 

Ají limo: 


Pimenta amarela, verde, vermelha ou lilás, muito pequena e bem picante. É usada principalmente para cebiche e tiradito. Para suavizar seu sabor, usa-se tirar as sementes e as veias, depois colocar de molho em água com vinagre e açúcar por 5 minutos. 

Ají mirasol: 


É o ají amarillo seco ao sol, de cor cobre-alaranjada. Muito usado na culinária peruana, principalmente em pasta ou em pó, servindo para condimentar e colorir as especialidades peruanas. 

Ají panca: 


Mais picante do que o ají amarillo, mas nem tão ardido quanto o limo. Por seu sabor acentuado, é usado para marinar carnes vermelhas. Possui cor roxa bem escura.


Rocoto:

É uma pimenta nativa do departamento de Arequipa, bem picante, de pele firme, cujo formato e tamanho do fruto assemelham-se a um pimentão. Possui cor amarela, vermelha ou laranja e sementes pretas ou brancas. É moído para condimentar alguns pratos e também usado em forma de pasta. Com essa pimenta se prepara o prato emblemático arequipenho, o rocoto relleno.



Momentinho "cultura na cozinha"


Sabe quem é o célebre escritor peruano Mario Vargas Llosa?

Mario Vargas Llosa (nascido Jorge Mario Vargas Llosa) (Arequipa, Peru, 28 de Março de 1936), é um dos maiores escritores de língua espanhola, reconhecido, em nível mundial, como romancista, jornalista, ensaísta e político.
Sua obra critica a hierarquia de castas sociais e raciais, vigente ainda hoje, segundo o escritor, no Peru e na América Latina. Seu principal tema é a luta pela liberdade individual na realidade opressiva do Peru. A princípio, assim como vários outros intelectuais de sua geração, Vargas Llosa sofreu a influência do existencialismo de Jean Paul Sartre.
Muitos dos seus escritos são autobiográficos, como "A cidade e os cachorros" (1963), "A Casa Verde" (1966) e "Tia Júlia e o Escrevinhador"(1977). Por A cidade e os cachorros recebeu o Prémio Biblioteca Breve da Editora Seix [Barral e o Prémio da Crítica de 1963. Sua obra seguinte, A Casa Verde mostra a influência de William Faulkner. O romance narra a vida das personagens em um bordel, cujo nome dá título ao livro. Seu terceiro romance, Conversa na Catedral publicado em 4 volumes e que o próprio Vargas Llosa caracterizou como obra completa, narra fases da sociedade peruana sob a ditadura de Odria em 1950.
Há um encontro na Catedral entre dois personagens: o filho de um ministro e um motorista particular. O romance caracteriza-se por uma sofisticada técnica narrativa, alternando a conversa dos dois e cenas do passado. Em 1981 publica A Guerra do Fim do Mundo, sobre a Guerra de Canudos, que dedica ao escritor brasileiro Euclides da Cunha, autor de Os Sertões.
Em 1980 começa a ter maiores actividades políticas no país. Em 1983 a pedido do próprio presidente Fernando B. Terry preside comissão que investiga a morte de oito jornalistas. Em 1987 inicia o movimento político liberal contra a desestatização da economia, o que ia de encontro ao presidente Alan García. Em 1990 concorre à presidência do país com a Frente Demócrata (FREDEMO), partido de centro-direita, mas perde a eleição para Alberto Fujimori.
Após isso, retorna a Londres e reinicia suas actividades literárias. Em 2006, em sua mais recente visita ao país, apoia a candidatura de Lourdes Flores, tendo ganhado Alan García. Suas experiências como escritor e candidato presidencial estão expostas na autobiografia "Peixe na Água", publicada em 1991.
Bibliografia
Ficção
Os Chefes (1959)
A cidade e os cachorros ("La ciudad y los perros") (1963)
A casa verde (1966) (Premio Rómulo Gallegos)
Conversa na catedral (1969)
Pantaleão e as visitadoras (1973)
Tia Júlia e o escrevinhador (1977)
A Guerra do Fim do Mundo (1981)
História de Mayta (1984)
Quem matou Palomino Molero? (1986)
O falador (1987)
Elogio da madrasta (1988)
Lituma nos Andes (1993). Premio Planeta
Os cadernos de Dom Rigoberto (1997)
A festa do bode (2000) - novela sobre a ditadura do general da República Dominicana, Rafael Leónidas Trujillo
O Paraíso na Outra Esquina (2003) - novela histórica sobre Paul Gauguin y Flora Tristán.
Travessuras da Menina Má (2006)
Teatro
A menina de Tacna (1981)
Kathie e o hipopótamo (1983)
La Chunga (1986)
El loco de los balcones (1993)
Olhos bonitos, quadros feios (1996)
Ensaio
García Márquez: historia de un deicidio (1971)
Historia secreta de una novela (1971)
La orgía perpetua: Flaubert y «Madame Bovary» (1975)
Contra viento y marea. Volúmen I (1962-1982) (1983)
Contra viento y marea. Volumen II (1972-1983) (1986)
La verdad de las mentiras: Ensayos sobre la novela moderna (1990)
Contra viento y marea. Volumen III (1964-1988) (1990)
Carta de batalla por Tirant lo Blanc (1991)
Desafíos a la libertad (1994)
La utopía arcaica. José María Arguedas y las ficciones del indigenismo (1996)
Cartas a un novelista (1997)
El lenguaje de la pasión (2001)
La tentación de lo imposible (2004) - ensayo
Prémios e condecorações
Ao longo de sua carreira, Mario Vargas Llosa recebeu inúmeros prémios e condecorações. Destacamos alguns: o Premio Rómulo Gallegos (1967) e principalmente o Prémio Cervantes (1994). Outros prémios, a saber, o Prémio Nacional de Novela do Peru em 1967, por seu romance A Casa Verde, o Prémio Príncipe das Astúrias de Letras Espanha (1986) e o Prémio da Paz de Autores da Alemanha, concedido na Feira do Livro de Frankfurt (1997). Em 1993 foi concedido o Prémio Planeta por seu romance Lituma nos Andes. Uma grande relevância na sua carreira literária Prémio Biblioteca Breve, que se deu por Baptismo de Fogo, em 1963, marca o início de sua brilhante carreira literária internacional. É membro da Academia Peruana de Línguas desde 1977, e da Real Academia Española (RAE) desde 1994. Tem vários doutorados honoris causa por universidades da Europa, América e Ásia; pode-se citar os concedidos pelas universidades de Yale (1994), Universidade de Israel (1998), Harvard (1999), Universidade de Lima (2001), Oxford (2003), Universidade Europeia de Madrid (2005) e Sorbonne (2005). Foi condecorado pelo governo francês com Medalha de honra em 1985. Ganhou o prémio Nobel da literatura 2010.
Seu mais recente lançamento é "
O Sonho do Celta", que baseia-se na vida do irlandês Roger Casement, cônsul britânico no Congo belga, em inícios do século XX, que durante duas décadas denunciou as atrocidades do regime de Leopoldo II. Este homem, amigo de Joseph Conrad (e que o guiou numa viagem pelo Rio Congo, revelando-lhe uma realidade mais tarde retratada no romance Coração das Trevas), teve uma vida extraordinária, plena de aventura. Acérrimo defensor dos direitos humanos ‹ como também o comprovam os relatórios que redigiu durante a estadia na Amazónia peruana - militou ativamente, no fim da sua vida, o nacionalismo irlandês, acabando condenado à morte por traição e executado.


Fonte: Portal da Literatura e a sempre (in)falivél Wikipedia.


E finalmente, para refletir:
"Um público comprometido com a leitura é crítico, rebelde, inquieto, pouco manipulável e não crê em lemas que alguns fazem passar por idéias."
(Mario Vargas Llosa)

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