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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ostras ao Molho de Beterraba

Ingredientes:
24 ostras
300g de beterraba picada
80g de gengibre picado
2 colheres de sopa de vinagre balsâmico
3 colheres de sopa de molho de soja (shoyu)
2 colheres de sopa de azeite de oliva
Sal grosso
 
Modo de fazer:
Coloque as ostras na geladeira. Em uma tigela, misture a beterraba e o gengibre. Acrescente o vinagre balsâmico e o molho de soja e mexa bem. Por último, misture o azeite e deixe marinar por um tempo, até que a beterraba absorva os temperos. Retire as ostras da geladeira e utilize uma faca de ostras para abri-las. Com cuidado, faça uma alavanca com a faca e abra a ostra, retirando o nervo que une as duas partes.
Sugestão de Finalização:
Pegue dois pratos, encha com sal grosso e coloque as ostras abertas, formando um círculo. Sobre cada concha, acrescente uma colher de sopa do molho de beterraba. Decore o centro dos pratos com uma flor e sirva imediatamente.
Receita do Chef Claude Toisgros.
DICA da Janita: Para abri-las com mais facilidade, lave-as em água fria, e depois guarde-as no congelador, em saco plástico, por uma hora.
Harmonização: 
Vinho: Muscadet de Sèvre et Maine Sur Lie
Safra: 2006
Produtor: Domaine Guy Saget
Uvas/Castas: Muscadet
Região: Loire
País: França

HISTÓRICO E CURIOSIDADES SOBRE AS OSTRAS
Na realidade, uma outra qualidade associada à ostra sempre gerou curiosidade em torno dela. Há milhares de anos, as civilizações grega e romana já valorizavam o consumo de frutos do mar e atribuíam a eles a reputação de serem afrodisíacos. Outros registros históricos contam que, em Roma, a iguaria era uma das principais atrações dos banquetes dos imperadores, que pagavam pelo molusco em ouro. Geralmente, esses eventos acabavam em orgias, o que reforçava a idéia de que a ostra tem poderes afrodisíacos.
O romano Juvenal, no século I, referia-se às ostras como o alimento preferido das mulheres lascivas e sem pudor.
Apreciadas na China e no Japão desde a antiguidade, quando se registraram as primeiras tentativas de criá-las em viveiros, as ostras têm desde então reconhecidos seu sabor e qualidades alimentícias.
Hiroshima é famosa pela produção de ostras, e embora hoje em dia o seu cultivo seja feito com alta tecnologia, esta região já se distingue pela produção deste molusco desde o século XVII.
O Duque Serguei, da Rússia, com a intenção de impressionar a sua amada, escondeu uma gargantilha de 12 pérolas sob uma dúzia de ostras.

Na Antiguidade, tanto no Japão, pelos shoguns, quanto no Egito, pelos faraós, as ostras eram alimento presente nos banquetes reais.
Os médicos da Antiguidade receitavam ostras para quem estava preocupado com o seu desempenho sexual.
Dizia a lenda, que Afrodite, deusa grega do amor, brotou do mar na concha de uma ostra, e em seguida deu à luz Eros.
Casanova, conquistador inveterado, comia 50 ostras todas as manhãs, na companhia da mulher por quem estava interessado no momento.
Além de um alimento extremamente saboroso e envolvido em poderes afrodisíacos, o zinco e o cálcio das ostras também são usados no preparo de medicamentos.

Como Comprar 
Ao comprar ostras é necessário verificar a sua origem e reparar se esta reage à pressão dos dedos. Se ao deslocar as conchas, elas se fecharem com firmeza é porque estão vivas. A carne interior deve ser consistente. Não deve apresentar aspecto leitoso, fino ou demasiado aguado. Por último, o cheiro deve ser a maresia mas nunca sulfuroso.
As ostras maiores nem sempre são as mais saborosas e as ostras de inverno são geralmente mais saborosas do que as de Verão.

As Ostras no Brasil
A iguaria começou a ser apreciada como alimento no século V antes de Cristo, mas chegou ao Brasil há pouco tempo: em 1974. Mais tarde ainda, lá pelo fim da década de 80, foi que se começou a cultivar a ostra em nosso país, mais especificamente em Santa Catarina. Para se ter idéia, 97% da produção brasileira de moluscos (o que inclui ostras, mexilhões e vieiras) é do Estado. Florianópolis já é conhecida como capital nacional da ostra.Hoje, Florianópolis conta com mais de 250 produtores.
É tanta a importância dada à ostra, que a cidade conta até com o Laboratório de Cultivo de Moluscos Marinhos da Universidade Federal de Santa Catarina, a maior instituição do Brasil a produzir sementes de forma contínua e a repassá-las aos produtores para engorda nas baías. 
A ostra mais consumida no Brasil é a cassostrea gigas, ou ostra japonesa. Japão, França, China e Coréia do Sul figuram entre os maiores produtores do mundo. No entanto, existe mais de um tipo de ostra e muitos produtores. Por isso, o cuidado com a procedência do animal é muito importante.

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