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terça-feira, 2 de março de 2010

Coq au vin Clássico

Ingredientes:
1 cebola
1 cenoura
½ alho-poró; 
1 ramo de tomilho; 
2 folhas de louro; 
10 unidades de pimenta negra; 
1 garrafa de vinho Bourgogne ou Malbec; 
1 galo ou frango de 1,5 kg; 
100g de bacon; 
Salsinha picada a gosto. 

Para a guarnição: 

200g de champignon paris; 
100g de cebola baby; 
500g de batata; 
30g de farinha de trigo; 
30g de manteiga mole

Modo de Preparo:
Corte o frango em 8 pedaços e junte a cebola em cubos, a cenoura, 
o alho-poró, o louro e o tomilho. Adicione pimenta em grão e 
vinho tinto e deixe marinar até o dia seguinte. 
Refogue na frigideira os pedaços de frango, deixando-os levemente 
dourados. Adicione o bacon e os legumes da marinada ao vinho tinto. 
Deixe cozinhar por 1h (o galo) ou 30 minutos (o frango). 
Retire os pedaços da panela e passe o caldo de cozimento na peneira. 
Engrosse com a farinha e a manteiga mole e junte novamente ao frango. 
Cozinhe as batatas em uma panela com água, ponha a cenoura e cebola 
para guarnição. 
Refogue o champignon na frigideira. 
Junte a guarnição em cima do preparo e adicione salsinha picada.

A escolha do vinho para harmonizar com o Coq au vin:

"O "Galo ao Vinho", podendo a bebida escolhida para a preparação ser 
branca, embora normalmente a cor escolhida seja a tinta, é um prato 
rústico que pode ir do ordinário ao excepcional, dependendo da escolha 
dos ingredientes. 
Quando o vinho é branco, podemos escoltar o prato com o mesmo
vinho empregado: "Coq au Riesling" com um alsaciano ou "Coq au Chardonnay"
 com uma garrafa dessa variedade não vulgarizada pelo excesso de carvalho. 
O "Coq au Vin" de manual é aquele elaborado com uma garrafa de um 
Borgonha tinto genérico, e por mais gorda que esteja a carteira para evaporar 
um "Chambertin Grand Cru", não se precisa de tanto empenho para alcançar 
excelência do sabor. Neste caso, acho que os Pinots fazem bonito,
e assim deverá ser com o Gevrey Chambertin e com o Pinot Noir do frio 
e úmido Oregon, estado americano que produz vinhos relativamente 
semelhantes em estilo aos da Borgonha. 
O Rioja Reserva, pela sua maturidade e pelo estilo de elegância em 
detrimento de potência do produtor Luis Cañas, deverá também brilhar, 
uma vez que esse estufado de galo não deixa de ser um prato muito wine-friendly
com untuosidade dada pelo toucinho e pelo longo cozimento que traz a gordura 
da carne para o molho, rico também em impressões terrosas do tomilho e do louro".
Guilherme Corrêa (recém sagrado campeão brasileiro de Sommeliers)










  • Coq au vin é um prato típico da culinária francesa, feito à base de carne de galo (opcionalmente frango) e vinho. O tipo de vinho varia de região para região e pode ser tinto, branco e até mesmo champagne.


    Diz a lenda que o coq au vin (galo no vinho) é uma velha receita da Auvergne, antiga província francesa da época do império romano. Sua origem remonta a Júlio César, que conquistou a Auvergne entre os anos 58 e 51 a.C, durante a campanha da Gália.
    Conta a história que uma tribo gaulesa estava sitiada pelo exército de César e seu chefe, para debochar, a ele mandou um galo magro, combativo e agressivo como testemunho da determinação dos gauleses. Alguns dias depois, durante uma trégua, o general convidou o chefe da tribo gaulesa para uma refeição em que lhe foi servida uma deliciosa ave banhada de um untuoso molho vermelho. Tendo se deliciado, o gaulês perguntou a César que iguaria era aquela. Ele lhe respondeu que se tratava do seu galo, marinado no vinho e cozido lentamente!
    Mas foi a Borgonha, terra de comidas deliciosas e vinhos magníficos, que consagrou o coq au vin como uma de suas mais caras especialidades regionais.
    As enciclopédias culinárias falam pouco do coq au vin, mas sua popularidade internacional é grande. O escritor belga Georges Simenon (1903-89) colaborou bastante para difundi-lo. Ele inclui o prato nas especialidades que a Sra. Maigret fazia para o marido, protagonista de seus romances policiais.
    O que mais impressiona neste prato são o aroma e o sabor maravilhoso. Já foi preparado com galo velho, que não servia mais como reprodutor e cuja carne só amaciava após demorado cozimento; hoje em dia, usa-se mais frequentemente frango caipira ou galinha.

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