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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Alguns termos culinários

Você pega uma receita e se depara com palavras que parecem "de outro mundo". Afinal, quando o assunto é culinária curtir não significa desfrutar a vida nem tão pouco apurar diz respeito a averiguar.

A cozinha é um universo particular, com termos específicos que merecem até destaque especial nos dicionários.
Veja aqui alguns:

O que é banho-maria?

É o nome dado ao processo de aquecer ou cozinhar lentamente qualquer ingrediente, mergulhando em água fervente o recipiente que a contém.

O que é besuntar?

Besuntar consiste em pincelar com algum tipo de gordura um alimento que está sendo grelhado ou assado, para que não fique ressecado.

O que é apurar?

Apurar é ferver um alimento, evaporando o líquido nele contido para reduzir o seu volume e concentrar o seu sabor.

Como identifico ponto de bala mole?

Ponto de bala mole é o ponto em que uma pequena quantidade de calda forma uma bolinha quando resfriada em água.

Como sei que a calda está em ponto de fio?

Para saber se a calda está em ponto de fio, coloque um pouco da calda em um prato e espere esfriar um pouco. Depois, com a ponta dos dedos, aperte e puxe. Deverá se formar um fio que não se desmancha.

O que é curtir?

É fazer com que o alimento tome fortemente o sabor de um molho ou bebida alcoólica. A carne, por exemplo, pode ser curtida em vinha d’alhos e as pêras em aguardente.

O que é demolhar?

Demolhar ou deixar em demolho é manter o alimento em água, durante um tempo, para amolecer ou perder o excesso do sal.

O que é escaldar?

Escaldar é despejar um líquido fervente sobre um alimento ou ainda mergulhá-lo em água fervente por alguns instantes.

O que é flambar?

É uma técnica que consiste em colocar uma bebida alcoólica tipo conhaque, whisky, rum, em uma concha de metal de cabo largo, aquecê-la diretamente no fogo e despejá-la em chamas sobre os ingredientes do prato ou preparação culinária.

O que é gratinar?

É tostar a superfície de um prato levando-o ao forno, depois de coberto com molho branco e polvilhado com queijo ralado.

O que é macerar?

Macerar é deixar um alimento dentro de um molho ou tempero para que tome gosto e amoleça suas fibras.

O que é marinar?

É deixar um alimento de molho em uma mistura de temperos durante várias horas, ou até dias, para tomar gosto.

O que é sovar?

Sovar consiste em bater vigorosamente uma massa, com as duas mãos, até que a massa forme bolhas.

O que é refogar?

Refogar é fritar alimentos em pouca gordura até que fiquem ligeiramente macios.

O que é ponto de quebrar?

É quando uma pequena porção da calda ao ser colocada em água fria, forma uma bala dura, isto é ponto de quebrar.

O que é vinha d'alhos?

É uma mistura feita de vinho, alho, louro, salsinha, cebolinha verde, pimenta-do-reino e cebola espetada com cravos, utilizada para deixar de molho carnes, peixes e aves.

O que é untar?

Untar é passar margarina, manteiga ou óleo em formas ou superfícies de trabalho.

O que é gelatinizar?

É dar consistência firme à preparações, as quais tenham a gelatina como ingrediente.

O que é gelée?

Preparação que tem como base gelatina e usada para dar brilho a preparações culinárias.

O que é roulade?

É uma preparação que foi recheada e depois enrolada.

Outros termos:

abafar - Significa cozinhar sem água, com a panela tampada em fogo lento. Os alimentos são cozidos no vapor da água liberados pelo próprio alimento.

acidificar - Juntar um ácido - vinagre, limão ou vinho. Adiciona-se geralmente à água onde estão de molho alimentos, para não os deixar escurecer ou para libertá-los do sangue.

acidular - V. Acidificar

aferventar - Submeter o alimento a uma pequena fervura. Cozer um legume.

à Inglesa - Diz-se dos legumes previamente cozidos me depois salteados com manteiga.

al dente - Expressão italiana que exprime o grau de cozedura de massas alimentícias. Estando embora cozida, a massa não se esmaga completamente, tendo de ser trincada.
canapés – Fatias de pão fritas na manteiga e recobertas de guarnições diversas. Servem como acompanhamento de um prato e como decoração.

croutons– Pão cortado em dados ou quadrados ou triângulos, fritos na manteiga ou no azeite. Serve de guarnição.

décanter – Decantar, vagarosamente, um líquido, de um vasilhame para outro, sem deixar que o depósito que se formou em um passar para o outro.

desidratar - É o processo de retirar a água de um alimento para que possa ser conservado por longo período de tempo.
Para consumi-lo depois de desidratado, basta deixá-lo de molho por algum tempo.


dorer ou à dorê – Passar uma mistura de água com gemas sobre bolo ou folhados, a fim de que fiquem dourados quando cozidos.

empanar - É passar o alimento por farinha de rosca ou outra, antes de fritar ou assar, ou seja, revestir o alimento com massa antes de fritá-lo ou assá-lo.

escumar - Significa tirar a espuma que se forma durante o cozimento de alguns alimentos como caldo e caldas.

entrouxar - Significa colocar recheios de carnes, legumes ou peixes.

escaldar - Significa adicionar água em ebulição ao alimento ou deixar correr água fervente pelo alimento.

flambar - Significa adicionar bebida alcoólica durante a preparação de um alimento e atear fogo com intenção de evaporar água, caramelizar o açúcar e apurar o sabor da bebida.

flamear- É atear fogo a crepes ou bolos umedecidos com bebidas alcoólicas.
folhar - Consiste em deixar a massa descansar para depois abrir bem fina com um rolo, passar manteiga ou banha em cima da massa estendida, fazer um rolo com ela e abrir novamente.

frigir - Significa cozinhar alimento em pequena quantidade de gordura.

gratinar - Alourar a superfície de um prato cuja preparação principal foi enriquecida com um molho. Para se obter este resultado mais rapidamente, esse molho é polvilhado com queijo ralado.

grelhar - Quer dizer assar peixe, carne ou aves, nas brasas, sobre uma grelha e a fogo lento.

guisar - Cozinhar um alimento passado por gordura num molho.

jardineira - Guarnição de legumes variados frescos. Por extensão, dá-se tambem este nome a um guisado, geralmente de vitela, em cuja composição entra uma grande variedade de legumes frescos.

juliana - Maneira de cortar os legumes em tiras pequenas e finas.

ligar - Juntar um alimento ou um preparado a um cozinhado, a fim de lhe dar consistência e cremosidade. As ligações são geralmente feitas com farinha, fécula, gemas de ovos, natas e sangue.

marinar - Imergir um alimento num líquido que contém obrigatoriamente vinho ou vinagre, a fim de o tornar mais tenro e mais saboroso.

pectina - Substância extraída de certas frutas e legumes e que tem a propriedade de solidificar as geleias e os doces de fruta.

polvilhar uma forma - Depois de untar uma forma com manteiga deita-se farinha e sacode-se para que fique apenas com a farinha que se agarrou à manteiga.

reduzir - Diminuir a quantidade de um molho ou suco pela cozedura rápida e intensa, com o recipiente destapado.

roux– Mistura, em partes iguais, de manteiga e farinha, que serve de base para os molhos.

saltear - Corar rapidamente um alimento numa gordura, mexendo-o para que não agarre.

trinchar - Significa cortar aves em pedaços menores após o cozimento.

vol-au-vent - Caixa de massa folhada com a forma de uma bouchée de grandes dimensões que se destina a ser recheada.

Algumas Expressões Culinárias...


Além de rica em cores e sabores a culinária brasileira também oferece ótimos eufemismos e deliciosas metáforas. Desempenhando uma função social que vai muito além da nutrição, a comida, no Brasil, está relacionada a diversas manifestações da cultura popular, entre elas a linguagem.
Dessa interação nasceram várias expressões famosas e corriqueiras, verdadeiras "pérolas" do colóquio nacional.
Veja aqui algumas expressões e divirta-se:

Eu quero mais é vender meu peixe! (Me promover/ favorecer)

Puxar brasa para minha sardinha. (Me promover/ favorecer)

Farinha pouca meu pirão primeiro! (Primeiro eu/ vou me garantir)

Quando tu ia com o fubá eu já vinha com o angu pronto! (Sou viva, lépida!)

Saco vazio não pára em pé. (De barriga vazia não dá!)

Tá pensando que beiço de jegue é arroz-doce? (Não é moleza não!)

Pão-pão, queijo-queijo. (Elas por elas)

É mamão com açúcar!(fácil)

Fulano tem estômago de avestruz. (Come de um tudo)

Fulano é osso duro de roer. (Fulano é cri-cri)

Fulano é angu de caroço. (Fulano é cri-cri)

Bata-me um abacate! (Me poupe)

Faça-me uma garapa! (Me poupe)

Fulano é carne de pescoço. (Fulano é difícil)

É o cão chupando manga! (Feio que dói!)

O apartamento estava cheirando a alho. (Novinho)

Se Fulano fumava muito? Aff! Comia com farinha! (Exagerava)

De caju em caju. (De vez em quando)

De comer rezando(uma delícia!)

Fulana fala mais do que a nega do leite. (Fala pelos cotovelos!)

Fulano é morta-fome. (Guloso, mesquinho).

Não tô comendo nada. (Não acredito).

Fulana se acha o rainha da cocada preta. (A boa)

Falar abobrinha(besteira, papo furado)

Viajar na maionese(não ter a menor noção do que se está falando ou discutindo)

Comer gato por lebre(ser enganado)

Encher lingüiça(enrolar, protelar)

Pirar na batatinha(enlouquecer)

Vai plantar batatas(não enche!)

Descascar um abacaxi(resolver um problema)

Meter a mão na massa(trabalhar, tomar atitude, mãos à obra!)

Se achou a melhor bolacha do pacote! (envaidecido ao extremo)

A carne é fraca – Essa expressão retirada da bíblia representa a dificuldade de se resistir a certas tentações.

Apressado come cru – Indica afobamento, precipitação. Como o microondas e o fast food são invenções recentes, até certo tempo atrás era preciso esperar um pouco mais para a comida ficar pronta, ou então comê-la crua.

Arroz de festa – Assim são chamadas aquelas pessoas que não perdem uma festa por nada, tendo ou não sido convidadas pra mesma. A origem dessa expressão talvez advenha do costume de se jogar arroz em recém casados. Mas o mais provável é que ela tenha surgido devido a uma antiga tradição portuguesa. Nas festas e comemorações das tradicionais famílias portuguesas nunca faltava uma sobremesa feita com arroz, leite, açúcar e algumas especiarias (arroz doce) e que era conhecida, na época, como "arroz de festa".

Comer o pão que o diabo amassou – Significa passar por uma situação difícil, um sofrimento.

Dar uma banana – É das poucas expressões que são acompanhadas por um gesto. Aliás, neste caso, o mais provável é que o gesto tenha inspirado a expressão, já que ele existe em vários países como Portugal, Espanha, Itália e Brasil. Em todos esses lugares o gesto significa a mesma coisa: um desabafo ou uma ofensa. Já a alusão à banana é exclusividade tupiniquim e fica por conta da criatividade, tão peculiar ao brasileiro.

Farinha do mesmo saco - "Homines sunt ejusdem farinae" esta frase em latim (homens da mesma farinha) é a origem dessa expressão, utilizada para generalizar um comportamento reprovável. Como a farinha boa é posta em sacos diferentes da farinha ruim, faz-se essa comparação para insinuar que os bons andam com os bons enquanto os maus preferem os maus.

Pagar o pato – A expressão deriva de um antigo jogo praticado em Portugal. Amarrava-se um pato a um poste e o jogador (em um cavalo) deveria passar rapidamente e arrancá-lo de uma só vez do poste. Quem perdia era que pagava pelo animal sacrificado, sendo assim passou-se a empregar a expressão para representar situações onde se paga por algo sem obter um benefício em troca.

Ser de meia tigela – Na época da monarquia portuguesa muitos jovens habitavam os castelos, eles prestavam serviços domésticos à corte e recebiam alimentação e moradia por isso. Entre estes jovens, haviam vários vindos do interior, que pela pouca experiência e origem humilde, eram desprezados pelos veteranos, sendo ironicamente tratados por "fidalgos de meia tigela", já que embora habitassem o palácio não participavam de rituais importantes da corte. Como em alguns desses ritos quebravam-se tigelas, dizia-se que eles eram de meia tigela porque nunca quebrariam a tigela, privilégio reservado aos nobres.

Desejando saber e ler mais sobre o assunto:

- De onde vêm as palavras, Deonísio da Silva (Editora A Girafa, 2004). - Neste livro se encontram milhares de verbetes explicando a origem etimológica de várias palavras e expressões. Mais do que desvendar a origem, Deonísio explica, em alguns casos, a história das palavras e como elas se modificaram desde o seu surgimento.

- Mas será o Benedito?, Mario Prata (Editora Globo, 1996) - Várias histórias criadas pelo autor para explicar a origem de algumas expressões populares faladas por nós estão presentes neste livro. Privilegiando mais o humor que o rigor científico, Mario Prata assume que inventou a maioria dos verbetes sem se preocupar com a verdade histórica. O livro também pode ser encontrado na Internet, no site do autor está disponível uma versão integral do texto, o endereço é: www.marioprataonline.com.br

- A revista Aventuras na História também está sempre recheada de curiosidades sobre a origem das expressões brasileiras e tem curiosidades culinárias maravilhosas.

Carnes

Por que as carnes que se localizam na parte dianteira do boi - cerca de 60% de seu peso total - são tão pouco aproveitadas? Talvez a única razão esteja no fato de serem chamadas "carnes de segunda".
Essa classificação, no entanto,
baseia-se exclusivamente no tamanho e na constituição de suas fibras. Por se localizarem numa parte do corpo do boi que tem grande movimentação, elas são mais rijas, ao contrário do traseiro, que é pouco movimentado e, dessa maneira, tem cortes de carne mais macios. Mas, se de um lado as peças do traseiro são mais macias, de outro, os cortes dianteiros têm maior concentração de sais minerais e muito mais sabor. Honestamente? São, de longe, meus preferidos, embora os brasileiros de um modo geral consumam mais coxão mole, alcatra e o contra filé, cortes indicados para bifes - e, olha, bife é uma coisa que eu definitivamente não curto. É bom saber que existem outros cortes tão ou mais interessantes ($$$$) disponíveis e muito pouco procurados, o problema seria então apenas mudar alguns hábitos - o que convenhamos não é nada fácil.

O bom aproveitamento da carne depende de alguns
fatores:

. Uma boa escolha
A idade do animal é decisiva.
Quanto mais velho, mais dura e escura é a carne. O abate deve ocorrer ao redor dos 3 anos, quando a musculatura ainda não se enrijeceu.
Atenção comadres: O vermelho brilhante, mais claro para os cortes traseiros e um pouco mais escuro para os dianteiros, é indicativo de carne de boa qualidade.
O tipo de corte também interfere: a divisão das peças deve ser feita pelas membranas de ligação, respeitando-se o formato e a direção das fibras. Por isso eu digo que a gente
precisa ter um açougueiro do coração, lembram?

. A peça certa para o uso certo

Não adianta sair comprando qualquer carne para fazer o que der na telha. Carnes diferentes têm modos diferentes de preparo, a fim de tirar delas maior aproveitamento e sabor.
Se você quer conservar os sucos internos - como em filés, churrascos, assados e grelhados - escolha carnes do traseiro. Já em cozidos ou ensopados (meus preferidos), ou ainda para fazer um molho bem encorpado as melhores peças são as de fibras menos macias como as do dianteiro ou ainda lagarto e coxão duro. Cortes como acém, o pescoço ou o peito dão excelentes carnes de panela, pois o cozimento "solta" as fibras, deixando a carne muito mais macia. Fora
isso, seu bol$o agradece ;-)

Conheça melhor os cortes:

A. Aba de filé - carne mais rija, precisa de cozimento mais longo, própria para ensopados, picadinhos e também para moer.
B. Fraldinha - corte pequeno, de fibras longas e pouco macio. Indicada para caldos, molhos, cozidos e ensopados.

C. Ponta de agulha (o que eu mais uso) - parte constituída de músculos e fibras grossas e compridas, , cozidos para ensopados e sopas.
1. Coxão duro - fibras duras exigem cozimento lento, ideal para carne de panela
2. Patinho - menos macio que a alcatra, usado para bifes à milanesa e para preparações que exigem carne moída crua como o quibe e o steak tartar.
3. Picanha - parte macia, marmorizada com gordura, própria para churrascos
4. Alcatra - mais macia que coxão mole, ideal para bifes
5. Maminha - parte mais macia da alcatra, boa para bifes bem passados, pois tem mais gordura
6. Coxão mole - macio, bom para bifes finos e enrolados. Se vier com o contrapeso, rico em nervos e sebo, corte-o pela membrana que o separa da peça e use-o em sopas.
7. Contrafilé - ideal para bifes, rosbifes e assados. Possui gordura lateral que mantém o sabor e a umidade da carne
8. Lagarto - de cor mais clara e formato alongado e definido. Preparo típico em carne de panela
(mais em salada também fica ótemo!)
9. Filé mignon - é o corte mais macio da carne de boi. Embora não seja tão saboroso quanto a alcatra e o contra filé, é ideal para bifes como medalhões, escalopes e também para rosbife.
10. Filé de costela - por ter fibras mais duras é utilizado principalmente para churrascos ou então para para preparar carne cozida com legumes.
11. Capa de filé - com textura desigual e grande quantidade de nervos, presta-se bem para o preparo de carnes com molhos que precisam de cozimentos mais longos, além de ensopados e picadinhos
(com batata, na panela de pressão é maravilhoso!).
12. Acém - é o pedaço maior e mais macio do dianteiro do boi. Dão ótimos ensopados, bifes de panela, carnes de panela recheadas e preparadas com molho.
13. Braço - Também chamado de pá ou paleta. Contém o peixinho, considerado o lagarto do braço
(peixinho na pressão também é dez). Mais musculoso que o acém, é também muito saboroso pela quantidade de gordura interior da peça.
14. Peito - parte do dianteiro do boi constituída de músculos e fibras duras. Pode ser enrolado com temperos e assado na panela com molho.
15. Pescoço - continuação do peito; é um dos cortes de carne mais baratos que existem. Por ter formação semelhante à do peito, pode ser usado nos mesmos tipos de preparação.
16. Músculo - muito saboroso, é indicado para preparo de molhos, ensopados e perfeito para sopas.
17. Ossobuco - Possui, no centro, osso com tutano que, submetido a cozimento lento, fornece pratos com molho de muito sabor
(gnocchi com ragú de ossobuco é o oitavo pecado capital)

Fonte de pesquisa: suplemento Carnes, da Cozinha Maggi

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Alcachofras recheadas

Ingredientes
  • 4 alcachofras grandes, cozidas com:
  • 1 limão em rodelas
  • 2 rodelas de cebola
  • 2 folhas de louro
  • 1 xicara de vinho branco seco
  • sal


Cozinhe as alcachofras, deixe esfriar, retire as folhas do centro e todos os pelos. Reserve.



Recheio de Tomate Seco:

  • 50 ml. de azeite de oliva
  • 4 dentes de alho, picados
  • 1 cebola grande picada
  • 3 tomates grandes, sem peles e sementes, picados
  • 30 gr. de tomates secos em tirinhas
  • 1 maço de folhas de sálvia em tirinhas
  • 1 maço de salsinha picada
  • 1 cálice de vinho branco seco
  • sal e pimenta

Recheio de Truta Defumada

  • 300 gr. de truta defumada picada (reserve algumas tirinhas para decorar)
  • 2 alho-porós, aferventados, em rodelas bem finas
  • 300 ml. de creme de leite
  • 4 colheres (sopa) de suco de laranja
  • 2 colheres (sopa) de hortelã picada
  • 2colheres (sopa) de vinho branco seco
  • salsinha picada
  • folhinhas de manjericão
  • sal e pimenta

Modo de Preparo:

Puxe a cebola e o alho no azeite, junte os tomates e refogue bem. Adicione a sálvia. Acrescente o vinho branco e cozinhe até evaporar. Tempere com sal e pimenta e polvilhe com a salsinha. Recheie as alcachofras cuidadosamente. Na hora de servir, aqueça as alcachofras, regue com um pouco de azeite, polvilhe com salsinha e decore com 1 folhinha de sálvia.

Misture a truta e o alho-poró e regue com o vinho e suco de laranja. Acrescente o creme de leite e a salsinha e o hortelã. Tempere com sal e pimenta e polvilhe com a salsinha. Recheie as alcachofras cuidadosamente. Na hora de servir, polvilhe com salsinha e decore com as tirinhas de truta e manjericão.

Rendimento

4 Porções

Dicas:

A alcachofra é uma flor muito delicada e de sabor

surpreendente. Parte de seu sabor está na base das f

olhas grossas, mas o melhor mesmo é o seu coração, também conhecido com

o fundo de alcachofra.

Para comprar, armazenar e preparar as alcachofras

  1. Para escolher as alcachofras dê preferência àquelas com pétalas mais firmes, sem manchas e bem agrupadas. Faça o teste, puxe as pétalas e caso saiam com facilidade não compre. As melhores são aquelas de cor verde ou púrpura.
  2. As alcachofras são muito sensíveis e o mais adequado é consumi-la no mesmo dia da compra. Caso contrário, coloque-as em um jarro com água fresca e deixe até por dois dias. Ou, ainda, guarde na gaveta da geladeira própria para legumes por até três dias. Mas nada mais saboroso do que a alcachofra fresca.
  3. Uma maneira de ter alcachofra o ano inteiro é congelá-las. Para isso, escolha as mais novas e as menores. Lave-as bem, tire as folhas externas mais duras e cozinhe em uma panela com água e um pouco de suco de limão. Em seguida, deixe esfriar e congele por até três meses.
  4. Para preparar as alcachofras, corte os talos e as folhas externas mais duras localizadas ao redor da base. Se as folhas forem bem grandes e grossas, corte as pontas com a ajuda de uma tesoura.
  5. Para cozinhar alcachofras inteiras, corte os talos de modo que elas fiquem pé, arrume-as em uma panela, de preferência as de inox. Cubra com água e junte suco de limão ou vinagre e 2 colheres (sopa) de azeite de oliva espanhol. Cozinhe até que puxando uma pétala ela saia com facilidade. Se preferir, cozinhe no vapor, no microondas ou com molho de tomate, também temperado com azeite de oliva espanhol.
  6. Para limpar a alcachofra retire o fundo fibroso, com aparência aveludada, mas não comestível.

    Para isso, o primeiro passo e tirar as folhas, faça este procedimento com cuidado. Bem no meio, há uma porção de folhas macias de coloração clara segure-as com firmeza e puxe-as de uma vez só. Assim você obterá o fundo da alcachofra, uma parte polpuda e bastante saborosa.
  7. Tanto o fundo como as folhas da alcachofra podem ser utilizados no preparo de saladas, de molho, de recheios e o ingrediente especial para um delicioso risoto.
  8. Faça uma simples e sofisticada entrada com alcachofra. Limpe-as e cozinhe em uma panela com bastante água, azeite de oliva espanhol, vinagre e sal. Retire e sirva uma unidade para cada guarnecida com azeite de oliva temperado ou de molho de sua escolha em potinhos individuais.
9. Uma boa opção são as alcachofras recheadas. Antes, limpe, tire as folhas mais duras da parte externa, corte a parte superior das outras folhas. Em seguida, recheie-as com miolo de pão temperado com azeite de oliva e aliche, ou tiras de bacon. Arrume as alcachofras em panela e cozinhe com molho de tomate misturado com azeite de oliva espanhol e vinho. O resultado é uma preparação bonita e muito saborosa.

Cópia melhorada...

O famoso Molho Inglês foi inspirado numa receita orientalO nome engana, porque o molho inglês é cópia de um alimento que já existia do outro lado do mundo.
Em 1835, o lorde marcus Sandys, governador da província indiana de Bengala, visitou a Inglaterra.
Levou na bagagem vários ingredientes, como melaço, tamarindos e
cravo-da-índia, e pediu aos químicos, John Wheeley Lea e William Perrins, que os misturassem seguindo uma receita da Índia.
Quando a encomenda ficou pronta, o cliente provou e foi embora. Os químicos, que tinham detestado o resultado, guardaram o frasco no porão.
Um ano depois, encontraram a mistura e a provaram. Tiveram "grata surpresa", conta J. A. Dia Lopes em
A Canja do Imperador(Companhia Editorial nacional). "A maturação conferia ao molho um sabor atraente, ao mesmo tempo picante e harmônico".

Fonte: Aventuras na História

Você sabia?

A maionese surgiu por acaso. Em 1756, para agradar o Duque de Richelieu(1696-1788), que guerreava contra os ingleses na região espanhola de Porto Mahon, seu chef de cozinha criou uma receita à base de creme de leite e ovos. Mas faltou leite, e o ingrediente foi substituído por óleo. Nascia então a mahonnaise.
Para que ela chegasse às mesas plebéias, quase um século e meio se passou.
Em 1905, um imigrante alemão, Richard Hellmann, levou a receita para New York e passou a servi-la em sua delicatessen.
Foi um sucesso!

Fonte: Aventuras na História

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A Margarina e suas "antepassadas"

Preparadas a partir da tartaruga, jaboti e peixe-boi, as manteigas serviam para fazer frituras e conservar alimentos. Muitas gorduras animais eram utilizadas no Brasil colonial.
Da tartaruga saía um dos pratos mais gordurosos da culinária indígena, o bicho cozido dentro do casco. E também manteiga, que os europeus logo aprenderam a comer. A manteiga de leite até existia, mas estragava muito facilmente.
(Fonte: Aventuras na História)

A história do surgimento da margarina está relacionada ao ganho do prêmio de Hippólyte de Mége Mouriés, no ano de 1869. Prêmio esse, proposto pelo governo de Napoleão para quem descobrisse um produto semelhante à manteiga, mas que fosse facilmente conservado e tivesse preços mais razoáveis. Nessa época a França estava passando por uma grave crise econômica e necessitava de vários gêneros alimentícios, como a manteiga tornava-se um produto cada vez mais caro e escasso, não provia as classes pouco favorecidas. (Fonte: site Brasil Escola)

Mége realizou vários experimentos e conseguiu produzir uma nova gordura que seria a base da margarina. A palavra margarina é oriunda do grego “margaron” que significa “pérola”, devido à aparência perolada do novo produto, que desde então tem passado por várias transformações em seu processo de fabricação.

A primeira fábrica de margarina apareceu na Holanda no ano de 1871. A partir daí a Europa passou a consumir a margarina, mesmo quando a manteiga retornou com abundância ao mercado.

Vinho sem sufoco


Até o século 3d.C., transportar vinho era um problemão! A bebida era acondicionada em ânforas de cerâmica, pesadas e fáceis de quebrar.

Foram os celtas que acabaram com a trabalheira: inventaram um prático recipiente de vigas de madeira presas por aros de ferro, ou seja, o barril.

O celtas criaram assim um produto tão eficiente que, em 2 mil anos, pouca coisa mudou na arte da tanoaria - os barris modernos ficaram apenas mais baixos e largos.


Fonte: Aventuras na História

Mudanças de hábitos

Os moradores das primeiras cidades da Europa, até o séc. XVIII, sentavam-se à mesa para jantar as 4 da tarde. Foi somente após a Revolução Industrial, quando o mundo dos negócios passou a manter os homens por mais tempo fora de casa, que o horário da refeição se alterou - primeiro para as 18h, depois para 19:30 hs. O jeito para driblar a fome era fazer um lanchinho. Os franceses passaram a fazer a boquinha lá pelas 5 da tarde, quase sempre chá com bolo, imitando o hábito dos ingleses. Assim lançou-se moda.

Também nessa época, ao contrário do que ocorria no jantar, os pratos servidos no almoço eram frios.

Invenção européia

Você já deve ter ouvido falar que a feijoada foi inventada pelos escravos...Não é verdade.
O prato símbolo da culinária nacional nasceu em panelas lusitanas. "E uma solução européia elaborada no Brasil. Técnica portuguesa com o material brasileiro", afirma o historiador Luís da Câmara Cascudo no livro A História da Alimentação no Brasil(Global).
Os colonizadores trouxeram da terrinha o hábito de fazer cozido, um prato que levava carnes, legumes e verduras.O problema é que, para o povo daqui, faltava alguma coisa - no séc. XVII, explica o pesquisador, refeição sem feijão era "simples ato de enganar o estômago". Os grãos entraram na receita e fizeram tanto sucesso que, em pouco tempo, os legumes e verduras perderam espaço.

Fonte: Aventuras na História

Bolhas domadas!


Pasmem: o champagne já foi considerado um vinho defeituoso!
No séc. I, o champagne era um vinho sem qualquer glamour: vermelho-claro, quase sempre turvo e com as características borbulhas, consideradas um grave defeito.
Isso começou a mudar em 1668, quando o monge francês Pierre Pérignon(1638-1715) assumiu a administração da abadia Hautvillers e passou a cuidar da adega e das videiras.
Ao longo de 17 anos, dom Pérignon estabeleceu um padrão de qualidade inédito na produção de vinhos efervescentes.


Mais tarde, na segunda década do séc. XVI, os produtores de champagne passaram a aununciar que as bolhas até faziam bem para a saúde!

O champagne Dom Pérignon é produzido pela casa Moët et Chandon. O nome vem do monge que descobriu o método de vinificação da bebida chamado de "champenoise".


"Vejam, estou bebendo estrelas!" (Dom Pérignon)



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